segunda-feira, 31 de maio de 2010

Blackbird


Ouvindo essa música dos Beatles que se chama "Blackbird", fui prestar atenção na letra e percebi que me pareço com ela. Só que ninguém ainda me deu asas que estavam quebradas e foram consertadas para voar, e nem olhos fundos e cansados, para que eu possa aprender a ver a minha liberdade.
Sou um pássaro negro o qual ainda não aprendeu a voar direito. Aquele pássaro negro que ainda tem medo de se perder na escuridão e na calada da noite. Aquele que só escuta o violão chorar gentilmente. Aquele que fica à espera de um algo sincero. Aquele que passa através do universo em pensamentos, imaginando se há pra ele algum lugar no mundo. Aquele que gosta de ir junto, mas as vezes prefere recuar. O que acha que tudo que precisamos é amor, mas que ainda assim quer parar de amar. Aquele que concorda que a felicidade é como uma arma quente esperando para ser disparada. Que sempre vê algo em alguém, mas quando percebe prefere se fechar nas asas velhas e caídas.
É o que sou. Um pássaro negro.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Deixar os cabelos soltos ao vento, sem se preocupar com pente nem escova. Sem se preocupar com o dia do ano ou da semana e nem com a hora. Sem nem ligar se aconteceu algo. Apenas deixar o vento te levar, te acompanhar, te soprar músicas nos ouvidos. Não ter que se preocupar em prestar contas ou satisfações. Não ter chefe, nem colegas de trabalho. Ficar com os pés enterrados na areia esfoleante. Deixar que escureça sem se perocupar com os demônios da noite. Deixar que amanheça sem se preocupar com o frio da madrugada. Não ter que dar tudo de sí. Divertir-se mesmo sem grana. Aprender apenas o que quer. Não depender de teóricos. Ter amigos sem se preocupar com seus passados, presentes, ou futuros. Sem se preocupar com suas condições financeiras, ou com suas religiões, ou entao com suas escolhas sexuais. Saber que tudo tem seu tempo e por isso não se preocupar em forçar-se a fazer coisas.
É. Definitivamente. Estou precisando de férias.

sábado, 22 de maio de 2010

Preguiça de pensar


Tenho crises existenciais assim como as de um artista que sabe da arte, mas não sabe pra que nasceu. Não conheço mais a cidade onde vivo e não conheço os pés que andam pelo seu chão. Não conheço meus próprios pés. Pés gélidos e anestesiados. Por onde andam você? Onde me levam desse jeito? Tomem suas decisões, pés indecisos! Guiem-me a um caminho tranqüilo onde eu possa desfrutar do bom e puro amor, dos bons amigos, velhos companheiros, do bom café e do cigarro que desce às vezes a rasgar tubos de minha sofrida e arranhada garganta. Permitam-me, pés, ser de tudo um pouco: ser aquela moça bonita sempre a ser salva pelo cavaleiro mais elegante da cidade mais distante, e permita-me ser também aquela que destrói romances montados, a que todos tem medo, a que todos respeitam.
Não sei que sou na minha pobre e humilde insignificância, e na minha rica e bela significância. Só sei que gosto de ser significante. Quero ser o significado de quase tudo ao redor do universo.
Não gosto de filosofar. Não gosto de filosofia. Não gosto de teóricos. Tomei raiva deles. Não acho que dependo de um deles para montar frases e teorias. Tenho preguiça de pensar. Tenho mesmo.

domingo, 9 de maio de 2010

A educação e a propaganda ideológica.

Tenho a impressão de que a educação vive em plena guerra com a mídia, com os programas inúteis que passam na TV, com as músicas sem nexo que ouvem-se nas rádios, com os panfletos e outdoors de modelos cada vez mais nuas que se vê nas ruas.
Dizem que o ser humano é animal racional porque é pensante. Mas o pensante de uns tempos pra cá tornou-se decadente. Decadente de senso crítico. Decadente de querer ser autoritário em suas próprias decisões. Decadente de ser sujeito no mundo. De se preocupar em ter uma opinião sobre coisas não banais. Enfim, decadente de querer aprender, de querer ser cada vez melhor. Decadente de educação.
O mundo está cheio de querer ser tão como uma propaganda. E esse é um dos principais problemas. Essa é a razão desta guerra barulhenta, porém sem voz da educação contra essa ideologia praticamente imposta (porém aceita pela sociedade), de propagandas, programas, músicas, televisão, rádio, entre outros muitos destruidores de mentes.
Como lutar contra isso? Como fazer sequer que pelo menos o futuro seja melhor?
Não é preciso ser rei do mundo, nem é preciso ser igual ao Bono Vox. Basta apenas ser professor. Um professor que saiba ser sujeito e que tenha vontade de criar / transformar outros sujeitos para o mundo. Abrindo os olhos de nossos alunos para que tenham sempre um senso crítico, e não um “senso – criticado”. Transformando-o em um ser sujeito, e não deixando-o como um ser objeto jogado ao léo.
É assim que vamos ter mais força nessa batalha. É assim que vamos vencer. E assim será.

sábado, 1 de maio de 2010

Porque não heim?


Estava aqui ouvindo Matanza tranquilamente na minha tranquila vida de (agora em diante) moça solteira, quando me veio um pensamento pequeno (daqueles bem singelos mesmo)... Porque dizem que Matanza é apenas música pra homem?
Bem, sinceramente nao entendo o porque disso.
Que mulher de bom gosto não gosta de beber wiskey (sim.. escrevi essa palavra do meu jeito mesmo) puro, fazer um bom sexo (quando se encontra um cara que nao é gay), ouvir um ótimo Rock 'n roll, fumar um pouco e achar as vezes que "Bom é quando faz mal"?
E quem disse que mulher também nao pode ser um pouco "canalha"?
Que mulher nao gostaria de fazer sexo ao som de um metal bem doido?
Sério. Eu gosto de coisas destinadas a homens sim! E eu acho que as mulheres que gostam deveriam admitir que gostam também!
Porque, amigas, mesmo gostando de coisa de homem nao deixamos de ser mulheres, nem femininas e nem por isso vamos deixar de gostar de homens!