Estive pensando no decorrer desta semana como é impressionante o poder da televisão sobre o povo brasileiro e também sobre o resto do mundo. Como é possível que num dia apareça algo, uma roupa na novela das oito (que começa a passar as nove), por exemplo, e no outro dia isto já ser a moda, o tipo de roupa que todos querem usar? Outro exemplo é o caso dos bordões, que na maioria das vezes também vira moda falar, e se você não fala, está por fora de tudo que acontece. Mas será que é o poder que a televisão exerce sobre as pessoas ou é o “grande poder” besta que a maioria das pessoas têm de ser, de certo modo, fracas e influenciáveis?
Está aí uma pergunta interessante. Afinal de contas, quem faz a televisão acontecer e ser este fenômeno onde tudo é bonito e perfeito são pessoas que sabem que o mundinho que inventam fará um certo sucesso. E grande parte das pessoas que assistem fazem isto confirmar-se. Mas o problema mais grave disso tudo é que não só os adultos, mas as crianças também são influenciadas. Alguns dizem que é porque as crianças não têm ainda uma personalidade formada. Sim, em parte é isso mesmo, mas a parte mais culpada é que as crianças que estão formando a personalidade tendem a imitar os adultos que têm em sua volta, pois para elas se os adultos fazem aquilo é porque elas acham que deve ser o certo a fazer e por isso imitam.
Todos os dias vejo passando na porta de onde trabalho, um bando de meninas de mais ou menos dez a treze anos, usando roupinhas curtinhas, sandálias com salto alto e rosto maquiado. Tudo isso em plena luz do dia! E ainda achando que estão lindas só porque estão imitando tal fulana da televisão! Achando que os olhares que estão arrancando das pessoas são olhares de admiração, quando na verdade, pelo menos em algumas das vezes, são olhares de pena.
No primeiro momento dizemos: “Culpa da mídia, da televisão!”. Bem, de certo modo não deixa de ser. Vejamos também a educação que essas crianças e adolescentes recebem. Geralmente são filhos (e filhas) de pessoas que, ou os “criam” soltas, ou que também são fracas, por isso influenciadas. E por isso não impõem duas coisinhas básicas, porém de grande valor: uma chamada “limite” e a outra chamada “disciplina”.
No dia em que houver mais limites, disciplina e respeito, não só pelos próximos mas também por nós mesmos, vamos evoluir mais e mais. E, claro, vamos nos tornar mais fortes e capazes de distinguir o que é original ou não.
Mas por enquanto concordemos com um cara, dizendo em sentido irônico, pouco conhecido, que dizia numa música chamada ‘Teatro dos Vampiros’: “Esse é o nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante, a primeira vez, sempre a ultima chance, ninguém vê onde chegamos, os assassinos estão livres, nós não estamos...”
interessante seu blogger..
ResponderExcluirquando der visite o meu
deixe recados..
abraços...
Até a própria questão da disciplina é uma forma de dominação da classe dominante. Foucault, trata dessas relações de poder, e a sociedade está cercada por relações de poder, que as influencia do começo ao fim das suas vidas. As várias instituições nos ensinam a ser dominados por este sistema vigente. Um exemplo é a nossa própria famlía, nos educam sobre forma dura e disciplinar, e agente cresce sendo ensinados a ser subordinados.Podemos pegar até as escolas, o sino bate, é hora de entrar para a sala de aula, fazer provas, não pode colar, não pode ficar sem uniforme... Tudo isso é um adestramento para os capitalistas, terem bons funcionários, bem disciplinados e comportados. No seu texto ficam explícito uma dessas formas de dominação, no caso retrato sobre a mídia, ou seja, a televisão( Globo). Um simplis "PLIM PLIM", nós já estamos posicionaos e hipnotizados na frente da televisão, sendo totalmente manipulados. "Violência virou audiência, o crime virou normal, a morte virou rotinha, e agora é capa de jornal." Jornais, novelas... Tudo é poder.
ResponderExcluirOBS: Continue escrevendo, que continuarei lendo. Atenciosamente, Fabricio Santos.
E esse é o nosso mundo... Muito bom o texto, mãe! Você disse tudo. As crianças são dominadas pela televisão, os adultos, todos... O pior é saber que talvez isso não tenha solução.
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