domingo, 26 de dezembro de 2010

Sinceridade.



Estava eu assistindo esses tempos atrás o filme Closer (olha eu outra vez postando sobre esse filme), no qual gosto bastante, por ser um filme romantico, porém verdadeiro, e uma parte específica do filme chamou a minha atenção.
Quando o Dan abriu o jogo pra Alice e disse a ela que ia deixá-la por estar apaixonado pela Anna acontece o seguinte diálogo:

"Alice: Como? Como você consegue? Como é que faz isso com alguém?
Dan (faz uma cara meio que de desentendido)
Alice: Isso não é resposta.
Dan: Me apaixonei por ela.
Alice: Não tinha escolha? Tem um momento, tem sempre um momento: 'eu posso fazer isso, eu posso me entregar, ou eu posso resistir.' Não sei quando foi o seu, mas ele existiu. Vou embora.
Dan: Não é seguro lá fora.
Alice: E aqui, é?
Dan: E as suas coisas?
Alice: Não preciso delas.
Dan: E aonde vai?
Alice: Desaparecer."

Quando a Alice fala que existe um momento em que podemos resistir ou nos entregar, pensei em todos os romances que tive e percebi que o que ela disse é verdade, mas quando gostamos, ficamos cegos os bastante para não enxergar esse momento.
Sempre que estamos conhecendo uma pessoa, temos esse momento em que decidimos se vamos continuar ou apenas fugir.

Tem outro momento do filme que também me chama atençao. No final, quando Dan e Alice finalmente estão juntos e felizes, porém Dan a questionou bastante sobre o que aconteceu quando Larry foi ao clube no qual ela trabalha como stripper, e então ela decide deixar Dan por não amá-lo mais.

"Dan: Me conte o que aconteceu.
Alice: Não aconteceu nada.
Dan: Mas ele foi ao clube.
Alice: Muitos caras vão. Você foi ao clube.
Dan: Eu vi aquele rosto... aquela visão... quando você apareceu. Foi o auge da minha vida.
Alice: Este é o auge da sua vida.
Dan: Você era perfeita.
Alice: Ainda sou.
Dan: A caminho do hospital eu beijei a sua testa.
Alice: Seu animal.
Dan: O taxista viu e disse: "Ela é sua?", e eu disse: "É, é minha." Ela é minha.
Dan: Ele foi ao clube, viu seu show, conversaram e foi só?
Alice: É.
Dan: Não está confiando em mim. Eu te amo. Pode se abrir. Você tinha esse direito. Só quero saber.
Alice: Por quê?
Dan: Porque quero saber tudo. Porque sou um maluco. Conta.
Alice: Não aconteceu nada. Você ficou com outra.
Dan: Isso justifica o que?
Alice: Nada. Falei por falar.
Dan: Que quer dizer?
Alice: Nada.
Dan: Só quero a verdade.
Alice: Aonde vai?
Dan: Comprar um cigarro.
Alice: Está tudo fechado.
Dan: Vou até o aeroporto. Quando eu voltar, por favor, me conte a verdade.
Alice: Por quê?
Dan: Porque eu sou viciado nisso. Porque sem isso, somos animais. Confie em mim.
(...)
Alice: Eu não te amo mais.
Dan: Desde quando?
Alice: Agora. Agorinha. Não quero mentir e não posso contar a verdade então está tudo acabado.
Dan: Não importa. Eu te amo. Nada disso importa.
Alice: Tarde demais. Eu não te amo mais. Adeus. Vou contar a verdade e você pode me odiar. Larry e eu trepamos a noite toda. Eu adorei. Eu gozei. Eu prefiro você. Agora, saia.
(...)
Alice: Eu teria te amado pra sempre. Agora, saia.
Dan: Não faz isso, fala comigo.
Alice: Já falei. Fora!
(...)
Dan: Eu te amo.
Alice: Onde?
Dan: O quê?
Alice: Me mostra. Cadê esse amor? Eu não o vejo. Não posso tocar nele. Eu não sinto. Eu te ouço. Escuto umas palavras mas não posso fazer nada com suas palavras vazias. Diga o que disser, é tarde.
Dan: Não faz isto!
Alice: Está feito. Agora saia ou eu chamo a segurança.
Dan: Não está no clube de strip. Não tem segurança.
(...)"

Um pouco grande o diálogo, mas serve de exemplo, mesmo sendo uma obra de ficção, que devemos sempre falar a verdade pra evitar o sofrimento. Seria muito melhor se as pessoas terminassem um relacionamento dizendo "Eu não te amo mais", do que iludir-se e iludir a outra pessoa. Sinceridade nessas horas é tudo e pode mudar o curso de uma vida.
Pode parecer exagero, mas pensem nisso!

Sei que esse não foi dos melhores posts daqui, mas prometo que pensarei em mais coisas legais pra postar aqui, ok!
Beijos!

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