segunda-feira, 12 de outubro de 2009

E hoje em dia...

Nota-se que já de uma certa época as crianças do nosso maravilhoso Brasil estão mais “adultas”. Têm mais malícia (ou não) que as crianças de antigamente. Quando digo antigamente, não é uma época tão passada quanto os velhos anos 50 ou 60. estou falando da década de 80, onde as crianças só ligavam para os brinquedos (muitos eram moda na época) e os desenhos que passavam na TV depois do horário da escola. Até os pais se preocupavam apenas em saber qual o desempenho de seus amados filhos na escola.
Hoje em dia é diferente. Não que todas as crianças seja assim, mas a partir da metade da década de 90 pra cá, quando surgiram os concursos de dançarina de É o Tchan, num horário em que a família brasileira está toda reunida na sala assistindo, isso tem sido uma influência e tanto. E cada vez mais foram surgindo mulheres com sua partes mais carnudas sem estarem cobertas por tecidos. Aí surgiu a moda de fazer as meninas vestirem esse tipo de roupa e dançar igual a Carla Perez. Foi quando parte de toda essa inocência foi dissipada dos pobres anjinhos.
Depois veio a Mosa do Gugu e do Faustão perguntarem aos meninos de sete anos de idade se eles tinham namoradinhas. A maioria dizia que sim e as mães babavam de tão bonitinho que elas achavam.
A partir daí a coisa foi só piorando mais e mais. Surgiram programas como do Leão Lobo, Sônia Abrão e companhia, que viviam de olho no que as famosas vestem, ou deixam de vestir.
E para piorar tudo de vez chegou a moda do funk. Que é apenas um estilo musical, mas que a maioria das letras tem um conteúdo de apelo sexual enorme. Sem falar no jeito em que as “funkeiras” se vestem (o que com absoluta certeza influencia não só as crianças como também a adultos), e também o machismo contido em muitas destas, o que dizem chamar de, músicas.
Sempre me pergunto: onde é que isso vai parar? Será que vai parar? Na verdade nem sei. O que aconteceu foi que como (quase) tudo é banalizado, a infância em parte sofreu banalização. Um pouco da inocência foi levada pra longe de nossas crianças. Hoje elas não gostam tanto de estudar, quase não ligam para os bons desenhos, não têm tanta criatividade (pois já acham tudo feito na internet), querem saber apenas de Mcdonalds e do Burguer King, não ligam se maquiagem e beijo na boca não são coisas pra criança. Os pais também já se acostumaram com esse modelo de educação que o mundo de hoje impõe. Muitos desses pais vêem os filhos aprendendo a andar, mas não lhes ensinam que andar não é apenas das alguns passos colocando um pé na frente do outro.
É preciso que ensinemos nossas crianças a seguirem os exemplos certos. Que ao invés de ouvir Tati Quebra Barraco que ouçam Balão Mágico, que ao invés de assistir desenhos como Pokémon que assistam desenhos como o do Pateta, que ao invés de se vestir como os “Rebeldes” que se vistam como a Narizinho, que ao invés de pensar como se fossem adultos que pensem como crianças.